segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

DESCOLONIZANDO O AMOR


Si será assim pra sempre,
Que seja pior!
Não consigo ser teu amigo,
Tampouco teu escravo,
Não de teu corpo, nem de teus beijos,
Escravo do teu medo.
Achei que a convicção seria os tijolos,
Que formaria a emancipação das contradições do teu sangue,
Que fez lagos por todas as fronteiras.
Um dia posso ser teu: amigo, companheiro, amante etc.
Mas, sem teu sangue correndo nas tuas veias,
Até emprestaria o meu,
Composto de células sujas,
Sem nome nem sobrenome,
Sem fronteiras e sem Deuses.
Sem medo de lutar,
Com ousadia e coletividade.
A transfusão seria simples,
Venha e:
A cada vitoria lado a lado seria uma gota de sangue pra ti.
Assim, quando por fim termine a batalha,
Teremos destruído as muralhas e as fronteiras do teu sangue.




Joelson Santos

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